sexta-feira, 13 de junho de 2008

Sem notícias

Um dia sonhei com um infinito,

não sabia o que queria dizer meu desejo,

uma manhã qualquer com sol,

uma mulher para amar, como ela.





A música me faz voltar ao nosso passado,

não é tão distante, o beijo, o jeito de fazer amor,

os encontros no meio de uma rua qualquer,

um abraço, deveria antes ter seus olhos nos meus.





Sonhos de um individuo tem o mesmo tempo,

os desejos podem ser diferentes e iguais,

tento voltar, não apenas ir pelo melhor caminho,

talvez possa esquecer, devagarzinho faço ser real.





Pensei em escrever sobre meus anos,

olhei meu espelho da vida,

lá estava somente uma imagem comum,

um sorriso, um beijo dividido em dois.





Que amor é esse que me deixa louco,

que acarinha, faz ir de encontro a portas fechadas,

como olhar seu corpo de frente e não tocá-la,

abre o sorriso quando chega de mansinho e me beija.





Não fale em amizade, verdadeira ou não,

prefiro os erros e muitos nãos,

a tristeza de olhar indo embora da minha vida,

agora não sei responder, deixa amanhecer.





Mandei um recado pelo vento da tarde,

como resposta trouxe-me saudade,

deixou e se foi, nenhuma noticia falando dela,

nem de tempestade para nosso depois.





Confesso que estou perdido nas minhas palavras,

a voz pára quando falo de mim,

as lembranças dela, somente dela,

como quando digo que amo, tudo muda de cor.