QUE FAÇO AGORA?
Se me encontro em total perdição
largada nos versos de um nada imenso
em que o silêncio traz o aroma do incenso
vazio! sem sentido qualquer na vastidão...
Pois que esta tão grande saudade
no meu âmago faz morada e dorme
regando em lágrimas o luar já disforme
nos descoloridos cântaros desta verdade.
Amor meu, que faço agora nesta invernada?
Levaste o calor de todas as róseas auroras
deixando apenas a lembrança de tua risada.
Espalhaste o azul de teus olhos nos céus
e nesta brisa que seca meus olhos agora
o perfume deitado do beijo de adeus...
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