sábado, 14 de junho de 2008

Evite conclusões apressadas

Havia numa aldeia um velho muito pobre que possuia um lindo cavalo branco. Numa manhã, ele descobriu que o cavalo não estava na cocheira. Os amigos disseram ao velho:

- Mas que desgraça, seu cavalo foi roubado!
E o velho respondeu:

- Calma, não cheguem a tanto. Simplesmente digam que o cavalo não está mais na cocheira. O resto é julgamento de vocês.

As pessoas riram do velho. Quinze dias depois, de repente, o cavalo voltou. Ele havia fugido para a floresta. E não apenas isso; ele trouxera uma dúzia de cavalos selvagens consigo. Novamente as pessoas se reuniram e disseram:

- Velho, você tinha razão. Não era mesmo uma desgraça, e sim uma benção.
E o velho disse:

- Vocês estão se precipitando de novo. Quem pode dizer se é uma banção ou não? Apenas digam que o cavalo está de volta...

O velho tinha um único filho, que começou a treinar os cavalos selvagens. Apenas uma semana mais tarde, ele caiu de um dos cavalos e fraturou as pernas. As pessoas se reuniram e, mais uma vez, se puseram a julgar:

- E não é que você tinha razão, velho? Foi uma desgraça seu único filho perder o uso das pernas.
E o velho disse:

- Mas vocês são mesmo obcecados por julgamentos, hein? Não se adiantem tanto. Digam apenas que meu filho fraturou as pernas. Ninguém sabe ainda se isto é uma desgraça ou uma benção ...

Aconteceu que, depois de algumas semanas, o país entrou em guerra e todos os jovens da aldeia foram obrigados a se alistar, menos o filho do velho.

- Você tinha razão, velho. Aquilo se revelou uma bênção. Seu filho pode estar aleijado, mais ainda está com você. Nossos filhos foram-se para sempre.

- Vocês continuam julgando. Ninguém sabe! Digam apenas que seus filhos foram forçados a entrar na guerra e o meu não. Somente Deus sabe se isso é uma bênção ou uma desgraça. Não julguem. Se uma porta se fecha, outra se abre. Aqueles que não julgam, estão satisfeitos simplesmente em viver o momento presente e nele crescer...

Quem é obcecado por julgar cai sempre na armadilha de basear seu julgamento em pequenos fragmentos de informação, o que o levará a conclusões precipitadas. Nunca encerre uma questão de forma definitiva, pois quando um caminho termina outro começa, quando uma porta se fecha outra se abre. Assim é o curso da vida.