EVANGELHO QUOTIDIANO
Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68
Quarta-feira, dia 18 de Junho de 2008
Hoje a Igreja celebra : S. Gregório Barbarigo, bispo, +1697, Beata Osana, religiosa, +1505
Ver comentário em baixo,
Santa Teresa Benedita da Cruz [Edith Stein] : «Quando orares, entra para o quarto mais secreto»
Livro de 2º Reis 2,1.6-14.
Aconteceu que, quando o Senhor quis arrebatar Elias ao céu, num redemoinho, Elias e Eliseu partiram de Guilgal. Elias disse a Eliseu: «Fica aqui porque o Senhor envia-me ao Jordão.» Mas Eliseu respondeu: «Pelo Deus vivo e pela tua vida, juro que não te deixarei.» E partiram juntos. Seguiram-nos cinquenta filhos dos profetas, que pararam ao longe, voltados para eles, enquanto Elias e Eliseu se detinham na margem do Jordão. Elias tomou o seu manto, dobrou-o e bateu com ele nas águas, que se separaram de um e de outro lado, de modo que passaram os dois a pé enxuto. Tendo passado, Elias disse a Eliseu: «Pede o que quiseres, antes que eu seja separado de ti. Que posso fazer por ti?» Eliseu respondeu: «Seja-me concedida uma porção dupla do teu espírito.» Elias replicou: «Pedes uma coisa difícil. No entanto, se me vires quando estiver a ser arrebatado de junto de ti, terás aquilo que pedes; mas, se não me vires, não o terás.» Continuando o seu caminho, entretidos a conversar, eis que, de repente, um carro de fogo e uns cavalos de fogo os separaram um do outro, e Elias subiu ao céu num redemoinho. Eliseu viu tudo isto e exclamou: «Meu pai, meu pai! Carro e condutor de Israel!» E não o voltou a ver mais. Tomando, então, as suas vestes, rasgou-as em duas partes. Eliseu apanhou o manto que Elias deixara cair e, voltando, parou na margem do Jordão. Pegou no manto que Elias deixara cair, bateu com ele nas águas e disse: «Onde está agora o Senhor, o Deus de Elias? Onde está Ele?» Ao bater nas águas, estas separaram-se para um e outro lado, e Eliseu passou.
Livro de Salmos 31,20.21.24.
Como é grande, SENHOR, a bondade que reservas para os que te são fiéis! Tu a concedes, à vista de todos, àqueles que em ti confiam.
Ao abrigo da tua face, Tu os guardas das intrigas dos homens; na tua tenda os defendes contra as línguas maldizentes.
Amai o SENHOR, todos vós, que sois seus amigos! O SENHOR protege os seus fiéis, mas castiga com rigor os orgulhosos.
Evangelho segundo S. Mateus 6,1-6.16-18.
«Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para vos tornardes notados por eles; de outro modo, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está no Céu. Quando, pois, deres esmola, não permitas que toquem trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, a fim de serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: Já receberam a sua recompensa. Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua direita, a fim de que a tua esmola permaneça em segredo; e teu Pai, que vê o oculto, há-de premiar-te.» «Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar de pé nas sinagogas e nos cantos das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando orares, entra no quarto mais secreto e, fechada a porta, reza em segredo a teu Pai, pois Ele, que vê o oculto, há-de recompensar-te. «E, quando jejuardes, não mostreis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto para que os outros vejam que eles jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que o teu jejum não seja conhecido dos homens, mas apenas do teu Pai que está presente no oculto; e o teu Pai, que vê no oculto, há-de recompensar-te.»
Da Bíblia Sagrada
Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Santa Teresa Benedita da Cruz [Edith Stein] (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa
A Oração da Igreja
«Quando orares, entra para o quarto mais secreto»
Tudo é um para aqueles que chegaram à unidade profunda da vida divina: o descanso e a acção, contemplar e agir, calar e falar, escutar e abrir-se, receber em si o dom de Deus e dar amor em abundância nas acções de graças e no louvor [...] Temos de escutar em silêncio durante horas, deixar a palavra divina dilatar-se em nós, incitando-nos a louvar a Deus na oração e no trabalho.
Também as formas tradicionais nos são necessárias e devemos participar no culto público tal como a Igreja o ordena, para que a nossa vida interior desperte, se mantenha no caminho correcto e encontre a expressão que lhe convém. O louvor solene a Deus exige santuários na Terra, para ser celebrado com a perfeição de que os homens são capazes. Daí, em nome da Santa Igreja, subirá aos céus, e agirá sobre todos os seus membros, despertando-lhes a vida interior e estimulando a sua força fraterna. Mas para que tal canto de louvor seja vivificado desde o interior, é preciso também que haja nesses locais de oração tempos reservados ao aprofundamento espiritual no silêncio; se não, tais louvores degenerarão em meros balbuceios de lábios, desprovidos de vida. Graças à existência desses centros de vida interior, tal perigo é afastado: as almas podem aí meditar diante de Deus no silêncio e na solidão, para que, no coração da Igreja, sejam os cantores do amor que tudo vivifica.
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