sexta-feira, 6 de junho de 2008

EU SOU

Eu sou o tudo e o nada
o principio, o meio e o fim

Eu sou os braços do pescador
a fímbria do que ainda não vi

Eu sou a luz da aurora
o mar e as ondas da praia

E eu sou a força do Homem
a palavra, a roda da saia

E eu sou a mulher que sofre
e o grito do desgraçado

Eu sou a criança que chora
o livro, o verso e o legado

Eu sou a morte e a vida
as águas de todos os rios

E eu sou o grande exilado
e da espinha os calafrios

E eu sou toda a natureza
e o animal enjaulado

Eu sou o suspiro do velho
que vive olvidado

E eu sou o precipício
o começo de uma nova atitude

Eu sou a vela apagada
e a força de toda a juventude

E também sou aquele que ama
em todo o seu esplendor

Porque eu sou o solo e a raiz
do meu grande amor