ENLUARADA
Quando me banho de lua
estendida no infinito,
a energia do céu me envolve
clareando em mim dissolve
no éter meu frágil aflito.
Penetro no azul-luar
embriagada de amor.
Flutuo na espuma densa,
desfaz-se o caos da sentença,
no ébrio consolador.
Minha alma foge à vagar
me tornando enluarada;
vou seguindo a madrugada,
cantando sem dizer nada,
deixando meu ser fluir
nesse gostoso dormir
Até a lua sumir.
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