terça-feira, 9 de outubro de 2007

Textura

Prenúncio despindo tão doce aroma,

amores consumados nas texturas

das peles gementes qual a tontura,

bailando ante a loucura que me toma.





Um pouco mais; goteja todo enredo

contido na essência da espera lenta,

seiva e frasco rompendo nas sedentas

bocas, embriagando o amante que eu bebo.





Beijar a sedução que aflora e espreita,

aquele esgar transpirando a implorada

pelve tão dançante quanto dopada

pelo teu negro olhar quando me deita.





Um sóbrio instante no antes que sufoca

a calmaria em agonias e distorções,

derramando o corpo à nota de tua mão,

solando o prazer enquanto me toca.