terça-feira, 16 de outubro de 2007

Solidão

O poeta Rupert Brooke embarcou numa viagem por navio da Inglaterra para a América.
Todos no convés tinham alguém que havia vindo se despedir, todos menos ele.
Rupert Brooke se sentiu solitário, terrivelmente solitário.
Observando aqueles abraços, beijos e despedidas, ele desejou ter alguém que sentisse sua falta.
O poeta vislumbrou um jovem e perguntou seu nome. “William”, foi a resposta do rapaz.
-William, perguntou o poeta, você gostaria de ganhar algumas moedas?”
-Claro que sim! O que devo fazer?
-Apenas acene para mim quando eu partir, instruiu o poeta solitário.

Diz-se que o dinheiro não pode comprar o amor, mas por algumas moedas o jovem William acenou a Rupert Brooke enquanto o navio se afastava.
Escreve o poeta: Algumas pessoas sorriam e algumas choravam, algumas abanavam lenços brancos, outras abanavam chapéus. E eu? Eu tinha William que, por poucas moedas, abanava seu enorme lenço vermelho e impedia que me sentisse completamente só.
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Madre Teresa costumava descrever a solidão como a maior doença do nosso tempo.
E os mais solitários não residem todos em asilos, nem vivem todos sozinhos.

Finalmente, podemos reconhecer que, espiritualmente, não estamos sós.
Este é um tempo para buscarmos profundamente nosso ser espiritual