sexta-feira, 5 de outubro de 2007

SOLIDÃO!

Cada vez mais,
a solidão trafega
no meu quarto, atrevida.
Toma cômodo
na minha cama
tão sem vida...

Absoluta, a solidão
é o antigo e o renovado
jeito de mim.

Total, a solidão
é o saldo desarrumado
da minha loja de quinquilharias,
o que sobrou no coração...

Definitiva, a solidão
refaz os descaminhos
com que ambulei
minha gaiola de ossos,
na ambiguidade de cada por-do-sol
deste meu tempo alheio,
carregado de saudade...
tanta saudade!!

Solidão...
Ah... pudesse renovar-me
reaver a magia
do meu sofrido coração
tão repleto dessa praga...

SOLIDÃO!