quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Resposta imediata

m dia, quatro crianças saíram para colher flores silvestres. Deslumbradas pela variedade de formas e cores, as crianças penetraram cada vez mais pela floresta, sempre em busca de outras espécies, até que, quando se aperceberam, já se encontravam no interior da densa mata.

Puseram-se então a correr em várias direções, subindo e descendo, na tentativa de encontrar uma saída. Mas ao concluírem que estavam mesmo perdidas, sentiram-se aflitas.

As duas crianças menores, já exaustas, com sede e com os corpinhos transpirando pelo excesso de esforço despendido na caminhada, puseram-se a chorar.

A irmã mais velha, percebendo que não estava nada fácil de encontrarem sozinhas uma solução, chamou os três para junto de si e aí lhes falou:
- Sempre que a gente estiver numa situação difícil como esta que agora nos encontramos, a única coisa que temos a fazer é contar para o Papai do Céu o problema e deixar que Êle mesmo o resolva. Vamos nos ajoelhar aqui mesmo e falar com Êle, pedindo-lhe que nos leve de volta para a nossa casa, antes que a noite caia e não possamos mais ver nada.

As crianças perderam o medo e, cheias de confiança, se ajoelharam para rezar. Cada uma delas, a seu modo, ia procurando falar com Deus, suplicando que as conduzisse de volta ao lar.

Enquanto rezavam, a menorzinha delas, ao ouvir um pequeno barulho nos galhos secos ali próximos, saiu cautelosamente para ver o que era e ficou encantada com a presença de um passarinho que saltitava bem perto delas.
Estendeu a mãozinha, tentando alcançá-lo, mas o passarinho voou para mais adiante um pouquinho. Com o movimento da menor, os outros se levantaram, juntando-se a ela na perseguição ao pássaro.

O desafio foi se tornando cada vez mais interessante, ao ponto de já nem se lembrarem da situação em que se encontravam. O passarinho parecia estar até gostando da brincadeira de pegar e então, por um bom tempo, evoluiu em vôos rápidos e curtos, para que as crianças o alcançassem. Elas vibravam de contentamento.

De repente, o passarinho alçou um vôo sempre mais alto e ligeiro até que desapareceu. As quatro crianças acompanharam com os olhos aquela fuga do pássaro amigo, até que ele desaparecesse.

Antes, porém, de se sentirem pesarosas pelo fim de uma tão gostosa brincadeira, elas se certificaram de que já se encontravam completamente fora da floresta. Olharam para o alto da colina e avistaram, a distância, o telhado da casa onde moravam!

Essa foi a maneira usada por Deus para trazê-las de volta ao lar, em resposta às orações que fizeram pedindo-lhe que as guiassem naquele retorno, para elas já quase impossível. Não poderemos nós também experimentar semelhante coisa?