sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Quase verdade

Era sempre
a moça
que escondida
no corpo
de mulher madura
quem
debruçava na janela
a espera
da primeira
estrela
decote
ainda
quase indecente
olhar perdido
ora credo
ora desiludido
voz doce
pequenos gemidos
sussurros
sentidos
palavras não ditas
uma espera
música
uma vida
no rosto
as primeiras marcas do tempo
pequenas rugas
nos lábios rubros
um leve sorriso
meio
quase escondido
os cabelos embalados
pela brisa
nas mãos
uma flor
um odor
uma vaga lembraça
um vagalume
uma pequena lamparina
uma saudade
um
quase sonho
uma
quase verdade.