terça-feira, 2 de outubro de 2007

hoje decidi...

Talvez pode ser que meus versos e rimas
estejam tropeçando pelas vielas e esquinas,
e denotem no todo
um constrangimento, um frio momento,
ou uma vontade por demais concepta
de colocar a poesia em seu verdadeiro lugar...
Nada disso... talvez sejam resquícios.
Talvez seja mesmo um versejar cheio de vícios.
Mas vou procurar mudar...

Vou buscar falar mais da luz que ilumina.
Vou procurar descrever os caminhos pelos quais vôo.
Vou procurar buscar no encanto o motivo da poesia
enquanto o sol que se fizer brilhar no dia,
ornar meu compromisso com o belo...

Vou procurar ficar em silêncio e me perdoar
quando a razão defronte a mim titubear...
Vou procurar cantar, para encantar minha alma
que solta em corpo,
talvez não queira que se valorize algo absorto
enquanto ativos formos...

Vou procurar ser criança.
Buscar cirandas, mirar das varandas
todo o sinal de esperança que todo dia se faz brilhar.
Vou buscar valorizar o que em mim se agrega
como fator de entrega,
feito folha que o vento carrega
e depois a faz mansa pousar...

Vou mudar meu versejar.
Antes que me mudem...
Antes que passem a me enxergar
como um poeta de uma escrita só...
Um alguém que escreve e grita
e depois cabalmente vê sua obra virar pó.

Hoje eu decidi por isso...

Como uma criança que baila
acompanhada da doce alvura branca
dos seres que voam,
enquanto se fazem acreditar...