FLAGELADO AMOR
O pranto preso dentro do coração aflito
Na boca, o gosto amargo do flagelo e da morte
A dor dilacera e consome até fazer surgir o grito
Caminhos paralelos apontam para diferente norte
Clama no peito a necessidade do adeus
Aproxima-se a hora pelo presciente anunciada
Decreto o melancólico fim sem olhar nos olhos teus
que fogem dos meus, têm medo da tua verdade forjada
O eco repete a estupidez das palavras proferidas
Crava-se na alma a certeza da inevitável despedida
resta saudade das carícias com gula sorvidas
Finalmente triunfa a derrota imposta pelo mal
as vozes que eram cativas a aconselhar
reafirmam que há uma vida de amor a conquistar
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