sábado, 6 de outubro de 2007

Esperança

Hoje quero um céu que nasça só pra mim,

como foi prometido no livro do mestre,

eu fui bom, de agora em diante também,

não sei lidar com minha vida tão louca.





Abro a porta e não vejo a luz do dia,

nas noites não tenho o abraço que pedi,

quem sabe um dia alguém toca a campainha

e vem de beijo pronto pra minha boca.





Prometeram-me uma viagem suave pela vida,

até hoje só corri dias e sábados,

nos domingos a missa, não falam das promessas,

não sei se tudo é eterno ou é são apenas dias.





Pedi que voltassem os tempos de criança,

quero recomeçar com o que aprendi até agora,

mas não me deixam nem pensar no futuro,

conheço meu hoje, com o ontem vou morrer.





Se não tenho céu, se não tenho aonde ir,

deixa que eu ame quem me amar e apaixone mais,

até que descubra onde e com quem caminhar,

tenho mãos vazias, palmas limpas de pecados.





Quando amanhecer vou ser o mesmo homem,

um pouco mais velho, um pouco mais amante,

tenho o amor que muitos desejam,

então, espero meu céu, quem sabe um amanhã novo.