quarta-feira, 24 de outubro de 2007

DUPLA

Medonho esse ser que me habita
Preso a mim procria e se aliança
Serve-se do meu prato e dormita
Com as mãos no cálice que balança.


Idólatra de um A- Deus em crise
De espada à mão em luta nossa
Fecha-me a sós, á que me acossa
E foge pelo fecho da valise.


Viver contigo é de tal maneira
Suportar-te como o peso da videira
Suporta às uvas a multiplicação.


Não!!! Não meu eu que queres sejas tu
No ramo da videira embora nu
Um súbito bater de coração.