quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Confissão

Vou estar ausente na noite que vem,

do seu corpo, da sua cama,

dissolveu o amor, escorreu pelo rosto,

evaporou na palma da mão que enxugou.





Carregou de mim suas lembranças,

levou embora todo desejo,

desapareceu com o céu da noite passada,

levou tudo, leva-me com o amor que ficou.





Acabou a música, a taça está vazia de amor,

quando quiser vem, traz vinho, tinto de paixão,

não precisa bater, entre, são os mesmos corpos,

as mesmas vontades de ficar um quase eterno.





Negarei esse amor que sinto, até que volte,

não foi abandono, distanciamos os beijos,

ficamos embarcados sem oceano,

nas ondas sem espumas, o champagne acabou.





Então é madrugada, quase dia de outra saudade,

deixo o sol aparecer atrás da vidraça, e espero,

também quando a lua apontar na beirada do céu,

ligo o coração pra falar de amor, e confesso, te amo.