sexta-feira, 5 de outubro de 2007

cheiro de temporal...

Menos mal... menos mal...
Quando o vento traz-nos o cheiro de temporal
é um advento a prior
nunca ocasional.
Sinal de que as coisas caminham.
Sinal de que a natureza inda não nos desamparou.

Ai sim,
procuro externar do ar e inserir em mim
todos os aromas possíveis,
faço do meu interior um jardim,
onde o espargir de lindas flores haverá.
Pois que sei que o pó cobrirá as ervas daninhas,
enquanto a água o meu corpo abluirá.

Quando me enquadro no quadro
que a natureza pinta,
sinto de maneira suscinta,
que o poetar é muito mais do que escrever a esmo.
Sinto dentro de mim mesmo
que a inspiração que em nós se conserva
é aquela que somente amor traz e amor leva...
(vestido de mil sentidos...)

Olha,
sinto vir vindo no céu dos meus sonhos
o prenúncio de temporal...
Menos mal...menos mal...
Sinal de que a natureza não se fez ainda sazonal.
Ela tem o comando da brisa, do vento.
Ela ainda conjuga o verbo vida,
em todos os tempos...