quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Aventureira

Já não te vejo, deslumbrante como outrora,

Já não te sinto, luz do meu encantamento,

Com a cerimonia, que te chamam de senhora,

Tu podes ver, que já mudou meu sentimento.


Já fui mendigo, do teu riso e do teu beijo,

Tive migalhas de esperança e de carinho,

Mas dominei o que tu foste em meu desejo,

Felizmente agora eu vejo,

que é melhor viver sozinho!


A noite passa, depois vem a alvorada,

De ti não sei mais nada, nem mais sei quem tú és,

Aventureira, magoaste a vida inteira,

A quem era feliz, junto a teus pés.


Desesperado, segui o meu caminho,

Sabendo que entre amigos, morava a humilhação,

Hoje saúdo, a quem vendeu-te tudo,

Mas não compro em mercado de ilusão,


Eu te agradeço e relembro comovido,

Alguns momentos de loucura e de prazer,

Meu pensamento volta as vezes distraído,

Vai ao passado, sem te esquecer.


Esta ferida que tu abristes no meu peito,

Do amor defeito, nunca mais há de fechar,

Sua carreira de cruel aventureira,

A vida inteira, saberá te castigar...