sexta-feira, 4 de maio de 2007

Parceiros*


Num intrincado emaranhado de fios de calor,
único e singular, tu me envolves com teus
lances de volúpia, fazendo de mim um casulo,
somente aberto aos teus loucos atos de paixão.
Tento a contenção, mas a resposta, inevitável,
chega em ebulição, na sua fase de ardência.
Em voluntária prisioneira eu me torno, mas
faço de ti o escravo das envolventes emoções
que nos entrelaçam nos divinos momentos...
Somos parceiros na loucura e embriaguez
dos nossos atos sentidos e consentidos.
Sou aquela que te buscou em grande porfia,
na negativa da insustentável e amarga solidão.
E tu és aquele que, nos passos, em longas estradas,
perdido no tempo, a mim procurava sem nem saber.
Na eternidade juntos, até que o amor termine...