O ESPANTALHO
Era apenas um feio boneco de espantos
maltrapilho, vestindo seu tão oco peito
qual o vazio que assolava o próprio meio
sem sentimentos! Enfadado em triste canto...
Não rimava nenhum verso de amor nas auroras
pois os seus olhos fechavam ante o brilho do sol
que elevando detrás dos montes a todo arrebol
queimava sua face no suor de fel sem demora.
Pobre fantasma, assombrar aquela seara pensara,
e a extrema sabedoria do seu vão e pobre santuário
ao elo da cerejeira e da rosa sequer se achegara!
De braços abertos, vivia noites e dias de frio e calor
beijava os corvos amigos assim não era tão solitário...
Só um trapo... jamais conhecerá a força do amor!
maltrapilho, vestindo seu tão oco peito
qual o vazio que assolava o próprio meio
sem sentimentos! Enfadado em triste canto...
Não rimava nenhum verso de amor nas auroras
pois os seus olhos fechavam ante o brilho do sol
que elevando detrás dos montes a todo arrebol
queimava sua face no suor de fel sem demora.
Pobre fantasma, assombrar aquela seara pensara,
e a extrema sabedoria do seu vão e pobre santuário
ao elo da cerejeira e da rosa sequer se achegara!
De braços abertos, vivia noites e dias de frio e calor
beijava os corvos amigos assim não era tão solitário...
Só um trapo... jamais conhecerá a força do amor!
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