quinta-feira, 10 de maio de 2007

MINHA CRIANÇA

Tenho os olhos rasos de água,
Com tanta e tanta imiscibilidade,
Que trazem mi alma em mágoa
E meu ser proficiente em dualidade.

Quem soubesse de meu sofrimento,
Da estranheza que vai no mundo,
Por certo viria dar-me algum alento,
Homem nenhum é assim infecundo.

Ah, como sofro, meus senhores
Ver crianças paridas, à sorte na vida!
Por favor, concedei-me os tremores,

Que fazem da carne a sua vicissitude
E que a vida lhes seja concedida,
Com muita alegria e demais saúde!