quarta-feira, 16 de maio de 2007

LIVRE

Rasgo assim os elos que me prendem ao papel
encaracolo o olhar ao primor do quadrante zero
que coruscando o ônix entre o negro e o amarelo
emparelha a pele, molda e congela num só anel.


O castelo se debela ante a voz dos olhos silentes
desnivela a capela e ao vermelho íris me compele
tracejando em um marejo o número que profere
o nove que cobre e incendeia minhas vertentes.


Incinero as velhas folhas do jornal que acorrenta
a sequência que me converge ao pré-determinado
e acendo o lume no mormaço da última tormenta,


encaro aquela sentença escrita no fio da navalha
onde sou nenhum, reverto e mostro assinalado
o meu eu liberto, alçando vôo do alto da cimalha.