quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Quão tola fui eu...

Quão tola fui eu...
Confiando em sonhos de um amor sem fim,
Acreditando que teus versos, eram só pra mim.
Achando-me tua estrela mais amada, quando
Na verdade fui apenas mais uma, hoje desprezada.

Quão tola fui eu...
Permitindo às entrelinhas reverberar ilusão,
Hoje, sangram elas em meu triste coração.
Bebes, pois desse amor, taça vazia,
Depois, sorri da tua hipocrisia.

Quão tola fui eu...
Fazendo-te destino de lugar nenhum,
Farta mesa num dia de jejum.
Embuça teus sorrisos e teus abraços parcos,
Depois, cala teus pobres hiatos.

Quão tola eu fui...
Hoje, a ti entrego as talas da solidão...
Sentirás a dor do flagelo pagão.
Seguirei esquecida deste passado agreste,
Mas para sempre, serei teu leste.