terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Eu mereço ter paz

Vivemos nossos sonhos paralelos à vida
e eu ousei sonhar, alto e grande
quis ser tua mulher, tua menina, tua amante
sem medo ou ponderação, de coração!

Mas esqueci de lhe avisar, dizer
pensei que sentirias, que sabias
achei que a mesma estrela que eu via
brilhava também pra ti, noite e dia...

Levaste-me ao céu, com teu carinho
fizeste-me crer no impossível, te amei
como ninguém jamais te amou
e no entanto... de repente tudo acabou...

Nosso barco naufragou, se refugiou
num pôr do sol qualquer, indiferente
como quem não diz o que pensa
como quem pensa que mente, e mente!

Agora é tarde pra rever tudo de nós
não és mais meu, nem eu poderei ser tua
apagaste as labaredas com tuas lágrimas
frias e calculistas, lágrimas nuas.

O teu orgulho te impediu de me contar
tudo que eu precisava saber, entender
agora vai, vai amargar tua insensatez
eu te quero cada dia mais, porém...

eu mereço ter paz!


Tere Penhabe